Thais tem um estilo contemporâneo, um jeito próprio de pintar com muita criatividade. Gosta de cores fortes, vibrantes e usa formas com bastante movimento para retratar seus desenhos.Hoje, mais experiente artística e profissionalmente, vai além da atividade de pintar e desenhar. Quer torná-la popular, ampliar os horizontes propostos na construção de sua arte. Thais tem seu próprio estilo e não segue tendências, mas sim apenas sua imaginação, seus sentimentos. Quando inicia um desenho, não o planeja, simplesmente expressa o que vem à mente e no decorrer do trabalho acrescenta o necessário para completar a idéia.Artista por vocação, Thais Lino participou de ateliês livres na adolescência explorando seu lado criativo já latente desde a infância. Teve uma infância lúdica que contribuiu muito para construção de sua personalidade artística. A formação acadêmica, cultural e artística, impulsionam seu desenvolvimento e o aperfeiçoamento das técnicas adotadas, tornando possível o amadurecimento das idéias e uma junção de insight e técnica.Originalista, modernista, inovadora, são alguns adjetivos que a qualificam como artista a frente de seu tempo. Thais Lino:“Criar, produzir e falar através da arte como linguagem da mudança.”

Thais have a contemporary style, their own way of painting with lots of creativity. Likes strong vibrant colors, and uses shapes with a lot of movement to portray their drawings. Today more artistic savvy and professionally, goes beyond the activity of painting and drawing. Want to make it popular, expand the horizons proposed in the construction of his art. Thais have their own style and does not follow trends, but just your imagination, your feelings. When she starts a drawing, don´t makes a plan, simply expresses what comes to mind in the course of work and adds what is necessary to complete the idea. Artist by vocation, Thais Lino participates of workshops free when teen makes her explore her creative side latent since childhood. She had a playful childhood that contributed to the construction of his artistic personality. The academic cultural and artistic training, boost development and improvement of techniques adopted, enabling the maturation of ideas and a junction of insight and techniques. Originalist, modernist, innovative, are some adjectives that qualify as a artist ahead of his time. Thais Lino: "Create, produce and talk through art as a language of change."

NOTÍCIAS


Thais Lino Costa nos conecta com a ARTE.
O que nos faz conectar com a arte?
É o olhar? O encontro de olhares? 
O que acontece, por meio da arte, com o nosso olhar? 
Thais Lino é uma artista contemporânea que desenvolveu um jeito e uma estrutura própria no retratar dos seus desenhos. 
O vermelho, o amarelo, o azul, o rosa, o lilás e todas as cores, são “cores próprias” da criação de Thais Lino, que trabalha com nanquim e colagem. 
Quem não conhece recomendo visitar seus endereços virtuais e sentir com o olhar e se encontrar com a arte dela: desenhos, colagens, cores, papéis, linhas e detalhes subjetivos da alma que de forma indelével e inquietante, nos toca. 
Tudo se transforma. Nada é imutável na concretude das formas, como a vida humana.

A fluidez da arte de Thais expressa o seu compromisso com a pauta dos direitos humanos no Brasil, na África e todos os continentes onde sua obra se fez presente. Sua instalação foi inaugurada no dia 29 de junho de 2018, na Fundação de Artes de Ouro Preto, com a temática politica: Dói – dói muito! 

A obra retrata o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, em 25 de outubro de 1975, no dia em que se apresentou ao DOI (Destacamento de Operações de Informações) - CODI, em São Paulo, para prestar depoimento.
Foi realizada em boa hora, e mesmo sem saber, em 3 de julho de 2018, a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenaria o Estado Brasileiro por omissão criminosa ao não investigar, julgar e punir os envolvidos no seu assassinato. O regime militar tinha forjado suicídio. A família espera há mais de 40 anos o desfecho e que os culpados pelo assassinato sejam responsabilizados civil e criminalmente.

Parabenizo Thais Lino Costa. Sigamos lutando por memória, verdade e justiça! Thais, tua arte é fundamental pela luta da efetividade dos Direitos Humanos no mundo.

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Por: 
Cleonildo Cruz.

Pernambucano, Historiador, Cineasta, Roteirista, Diretor, Proprietário da Tempus Comunicação.

Filmografia: 
Operação Condor - Verdade Inconclusa /2016.
Haiti, 12 de Janeiro /2012.
Constituinte 1987-1988 /2012.





Coleção REGARD

Hoje é dia de catalogar o acervo, conservação preventiva e acondicionamento das obras.
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O ateliê Deartcriatividade estará indo para um novo endereço. ❤️ 






SILENCIADO

"A turba popular, no entanto, acreditou que fui “suicidado”! Meu corpo, mesmo que totalmente sem forças, serviu de tempero para que a sopa da revolução que culminaria na volta da democracia fosse cozida.
Décadas mais tarde, mais uma vez fui “suicidado”. Não eu, mas meu símbolo. Um cabide amarrado, uma camisa branca social e uma calça preta, nisso me resumia. Disseram: - temas de suicídio não são permitidos nessa instituição! - Aqueles restos foram então colocados em uma sala pouco movimentada para não chocar o público.
Nessa sala, tendo como fundo uma janela azul emoldurada em vermelho. Um piano, no lugar da carteira de colegial e ao canto direito, uma luminária, que ao ser acesa deu ao espaço um conjunto de luz e sombras barroco. Aliás, não existe melhor palavra que defina o local em que meu símbolo se encontrava. Lá fiquei, digo, ficaram: o cabide, a camisa e a calça.
Sim, mais uma vez fui responsabilizado por minha morte, mais uma vez o silêncio e a desculpa dos maus foi propagada pelos cantos, num som audível, diferente do grito de minha alma sacrificada. - Essa temática não é bem vista aqui! – Porque não falar de flores crescendo nos campanários das igrejas? - Por que não associar o ribombar dos sinos aos clarins do anjos tronos? – Para que falar de suicídio?
Porque não foi suicídio e porque a Arte nem sempre agrada aos olhos".


Texto: Wilton Nascimento
Inspiração: Obra “DOI – DÓI MUITO” da artista Thaís Lino.




NOTÍCIA:


Hoje meu trabalho toma uma proporção gigantesca.
Apresentei uma obra instalação com um tema forte, dramático e hoje se notícia nos jornais o reconhecimento internacional deste caso como um crime da humanidade, brutal e se notifica o Estado Brasileiro.
Se reconhece aqui em meu trabalho que o artista de fato está afinado com assuntos também delicados da história, e levando ao público dados, acontecimentos... para além de questão estéticas, conceituais ou filosófica.
Ass: Thais Lino.
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O ministério dos Direitos Humanos informou nesta quarta-feira (4) que vai "aprimorar" as investigações sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog.
A nota do ministério foi divulgada após a Corte Interamericana de Direitos Humanos responsabilizar o Estado brasileiro pela falta de investigação, julgamento e punição aos responsáveis por torturar e assassinar o jornalista durante o regime militar (1964-1985). A Corte Interamericana determinou, ainda, que a morte de Herzog seja considerada um crime contra a humanidade. "Consideramos que a sentença da Corte IDH, ainda que condenatória ao Estado brasileiro, representa uma oportunidade para reforçar e aprimorar a política nacional de enfrentamento à tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, assim como em relação à investigação, processamento e punição dos responsáveis pelo delito", diz a nota do ministério.



PAPO DE ARTISTA: Manifestação Pública.



O que fazer quando seu trabalho não se adequa aos formatos e práticas tradicionais de uma instituição?


A arte possibilita o exercício da LIBERDADE e da espontaneidade?!

Compreendendo tudo isto, a arte passa a ser o resgate de algo extremamente poderoso – a expressão da LIBERDADE, da criatividade em uma instituição que “pratica” as boas ações “artísticas” seria uma regra básica e não acontecimentos digamos convenientes, ou até mesmo político, e digo mais... com pessoas envaidecidas pelo pecado do ego! 

Assinado: Thais Lino / Artistas Plástica.




EXPOSIÇÃO: Instalação/ Tema Político/ Obra: DOI – dói muito!



Qual a função de uma obra de arte?
Embelezar o mundo, personificar um sentimento pessoal, mostrar uma paisagem, contar uma história ou um momento que marcou de alguma forma o artista, o mundo, e com certezas várias outras definições com conceitos e formas que poderia escrever aqui sem parar. Mas uma das coisas mais interessantes que uma obra de arte pode mostrar é o lado estético (romantizado) que o artista consegue dar para uma situação que é dura, feia, bruta, drástica! É o momento criativo e sensível que o artista consegue enxergar e transformar através da matéria que usa em seu trabalho aquela situação que outras pessoas só enxergariam o feio!
Nesse trabalho, uma situação histórica de um drama que aconteceu na década de 70 no Brasil, a morte polêmica do jornalista Vladimir Herzog, é retratada de maneira simples usando um material comum e acessível a todas as pessoas. Roupas, cabide, luminária são montadas de um jeito que para quem não conhece a história da morte trágica do jornalista, poderá parar e pensar sobre o porquê daqueles objetos estarem instalados daquela forma? Podem pensar que foi o acaso do cotidiano de quando chegamos ao nosso guarda roupa, e encontramos aquele cabide com roupa caído no armário! Ou simplesmente acharem que foi uma maneira diferente de pendurar roupas! Para quem conhece a história, a percepção será diferente com certeza. Verá ali nas simples roupas penduradas em um cabide modificado uma cena armada, montada, nada natural. E é aí que entra o trabalho conceitual do artista, mostrar o lado subjetivo dentro de uma realidade existente retirando a dramaticidade da cena real e romantizando o lado trágico. Deixa para os expectadores lances (material usado no trabalho, forma de montagem, entre outros) que dão ideias para o público, observarem e chegarem a uma conclusão pessoal que vai lhe agradar ou não! O uso do material comum a todos, aproxima o público do trabalho que o faz pensar nas inúmeras possibilidades de conceitos conhecidos por ele e o artista penso nisso como forma sensível de mostrar seu sentimento sobre um assunto que ele quer abordar.
Esse trabalho específico quer passar a ideia de que todos podem se tornar personagens dessas situações críticas que o mundo impõe. No caso em particular desse trabalho, ele é inspirado no momento crítico relacionado ao jornalista Vladimir Herzog. Da maneira que foi montado, o trabalho lembra a clássica foto onde mostra a cena de sua morte nas dependências do DOI – Codi (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna). Uma cena montada nada natural onde queriam passar a ideia que o jornalista havia se matado. E nessa semana, especificamente no dia 26 de junho, que é o dia Internacional de Apoio às Vitimas de Tortura, esse trabalho presta homenagem e mostra a indignação contra esse tipo de situação que até hoje milhares de pessoas no mundo inteiro sofrem.


Artista: Thais Lino.
Trabalho: Instalação/Tema Político.
Obra: DOI – dói muito!
Ano: 29/06/2018
Local: Fundação de Arte de Ouro Preto, Núcleo de Artes.
Linguagens Artísticas Contemporâneas/Ministrada por: Ricardo Macêdo.
Crédito arte publicitária: Wilton Nascimento.
Foto: Ricardo Macêdo.


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