Thais tem um estilo contemporâneo, um jeito próprio de pintar com muita criatividade. Gosta de cores fortes, vibrantes e usa formas com bastante movimento para retratar seus desenhos.Hoje, mais experiente artística e profissionalmente, vai além da atividade de pintar e desenhar. Quer torná-la popular, ampliar os horizontes propostos na construção de sua arte. Thais tem seu próprio estilo e não segue tendências, mas sim apenas sua imaginação, seus sentimentos. Quando inicia um desenho, não o planeja, simplesmente expressa o que vem à mente e no decorrer do trabalho acrescenta o necessário para completar a idéia.Artista por vocação, Thais Lino participou de ateliês livres na adolescência explorando seu lado criativo já latente desde a infância. Teve uma infância lúdica que contribuiu muito para construção de sua personalidade artística. A formação acadêmica, cultural e artística, impulsionam seu desenvolvimento e o aperfeiçoamento das técnicas adotadas, tornando possível o amadurecimento das idéias e uma junção de insight e técnica.Originalista, modernista, inovadora, são alguns adjetivos que a qualificam como artista a frente de seu tempo. Thais Lino:“Criar, produzir e falar através da arte como linguagem da mudança.”

Thais have a contemporary style, their own way of painting with lots of creativity. Likes strong vibrant colors, and uses shapes with a lot of movement to portray their drawings. Today more artistic savvy and professionally, goes beyond the activity of painting and drawing. Want to make it popular, expand the horizons proposed in the construction of his art. Thais have their own style and does not follow trends, but just your imagination, your feelings. When she starts a drawing, don´t makes a plan, simply expresses what comes to mind in the course of work and adds what is necessary to complete the idea. Artist by vocation, Thais Lino participates of workshops free when teen makes her explore her creative side latent since childhood. She had a playful childhood that contributed to the construction of his artistic personality. The academic cultural and artistic training, boost development and improvement of techniques adopted, enabling the maturation of ideas and a junction of insight and techniques. Originalist, modernist, innovative, are some adjectives that qualify as a artist ahead of his time. Thais Lino: "Create, produce and talk through art as a language of change."

Arte Africana Moderna: Arte Africana Moderna se Tornou realidade.


A arte moderna africana tem sido uma anomalia no mapa da modernidade artística do século xx. Acompanha-nos desde os começos do modernismo e, no entanto, numa espécie de ritu
al cíclico, parece ter sido frequentemente necessário validar a sua inclusão no estudo da arte do século xx. Acresce que as marcas de uma consciência moderna na obra de artistas africanos têm sido invariavelmente ligadas à missão civilizadora e à ação disciplinadora do projeto colonial europeu.
Quer o colonialismo tenha ou não inadvertidamente plantado as sementes da arte moderna africana, a medida que essa arte continua a dever-se a metodologias europeias permanece sujeita a intenso debate. Os primeiros estudos argumentavam muitas vezes que as raízes do movimento moderno em África assentam na introdução dos currículos convencionais europeus nas escolas secundárias coloniais no início do século xx, mas esta versão da história exige exame mais cuidado, pois que a sua lógica obedece à suposição de que a emergência da África na modernidade se deveu em larga medida à mediação do colonialismo. E aqui estou a referir-me n‹o apenas ao vasto território designado como África subsaariana, mas a todo o continente, do Magrebe até ao Sul, ao Oeste e ao Este de África.
A perspectiva que vê na educação colonial o agente da emergência da arte moderna africana defronta-se com várias contradições e um paradoxo. Para começar, apesar da introdução da educação artística europeia em zonas néo-islâmicas de o continente ter acarretado uma mudança na atitude do colonizado face ao colonizador, a missão colonial não foi aí de modo nenhum o principal agente de produção artística. Na realidade, inicialmente não prestou qualquer atenção às artes visuais, centrando, sobretudo as suas preocupações na satisfação das necessidades dos poderes coloniais em recrutar o trabalho de mão de obra subalterna ¬, por exemplo, funcionários para a administração pública. Nos casos em que a arte fazia parte dos currículos coloniais, restringia-se à noção de artesanato. A inclusão da arte nos programas apenas se iniciou quando africanos escolarizados o exigiram.
Existe aqui uma contradição; outra é a existência durante a época colonial de um vasto corpo de práticas de escultura e performance que confrontaram o projeto colonial com crítica acerba, humor e empatia, explorando sobretudo aquilo que a condição moderna implicava para os africanos em termos de alienação. Esta alienação era dupla, existindo primeiro a nível temático toda uma categoria de gêneros de performance analisaram a figura do colonialista, parodiando a sua presunção de controlo das produções subjetiva africanas. Uma segunda alienação emergiu através da alteração do cânon tradicional, no seio do qual se realizou esta inserção crítica. O que tornou estas intervenções locais no espaço colonial intensamente pungente e moderna foi a sua criação de um domínio em que se desenvolvia um discurso dialético sobre as relações de poder, com a audiência reconhecendo de imediato o significado da caricatura colonial no interior de um clássico corpus africano. E aqui o funcionário colonial vivia uma alienação mais profunda, pois mal era capaz de decifrar os códigos críticos de atividades em que por vezes desempenhava o papel de um hóspede de honra.
Isto leva-me ao paradoxo no interior do qual a arte moderna africana funciona. Os intelectuais e artistas ocidentais contemporâneos reconhecem geralmente que um dos pontos de partida para a paradigmática mudança de direção da arte europeia no século xx ocorreu quando os artistas ocidentais descobriram objetos "etnográficos" de África e da Oceania e reconheceram as potencialidades que eles ofereciam para mudanças formais na pintura e escultura europeias. Do cubismo ao surrealismo, de Pablo Picasso a Paul Klee, Georges Braque, Constantin Brancusi, Henry Moore, Alberto Giacometti, Amedeo Modigliani, Julio González, Wilfredo Lam, e outros, a demonstração ficou suficientemente clara. Mas a contrapartida desta descoberta dos artistas ocidentais foi a descoberta da arte europeia pelos artistas africanos surgidos na mesma altura. No sul da Nigéria, por exemplo, as missões cristãs que aí se tinham estabelecido em meados do século xix baniam completamente a educação artística. Não foi senão no início da primeira década do século xx que o primeiro artista moderno da região, Aina Onabolu (1882-1963) lançou a sua cruzada solitária para convencer a administração colonial de Lagos a criar um curso de arte nas escolas secundárias. Do mesmo modo, as administrações coloniais francesa e inglesa não encorajaram a criação do ensino artístico no Magrebe, muito embora muitos artistas ocidentais tenham visitado o Norte de África islâmico no século XIX, especialmente durante a época Romântica (depois da invasão do Egipto por Napoleão em 1798 ter aberto a região à expansão colonial europeia), e apesar de vários daqueles artistas se terem estabelecido na Argélia, no Egipto e em Marrocos. Foi o príncipe Yusef Kamal ¬ membro do Partido Nacional Egípcio, que defendia a independência da Inglaterra ¬ quem criou a primeira escola de arte no Egipto colonial: A Escola de Belas-Artes do Cairo, que abriu em 1908. Parece, portanto, que a arte africana moderna se tornou realidade não tanto devido à introdução da educação ao estilo ocidental, mas sobretudo devido a algumas pessoas para quem a arte como prática autônoma se tornou um meio de expressão da sua individualidade e de tomada de consciência das suas circunstâncias sociopolíticas ¬ com as suas próprias modernidades emergentes. Se o desenvolvimento da arte moderna na África colonial parece ter sido bastante lento (isto é, se desprezarmos algumas das já referidas práticas indígenas no domínio da escultura e da performance), isso pode dever-se ao facto de a subjetividade artística moderna estar associada à independência política. A ideia de liberdade artística era a antítese do espírito do colonialismo. Previsivelmente, a primeira vez que de forma clara, continuada, se vê arte modernista em África foi no Egipto, que atingiu cedo a independência política e criou um discurso nacionalista antes da Primeira Guerra Mundial. [i] O resto do continente, e apesar dos esforços pioneiros de algumas pessoas, teria de esperar pelo fim da Segunda Guerra Mundial para criar as condições para o aparecimento da arte moderna. Ao mesmo tempo que a Europa imperial, debilitada pela guerra, contava as suas perdas, e enquanto enfraqueciam as suas perspectivas de conservar as suas colônias, os artistas e intelectuais africanos procuravam desafiar a ideia de progresso inerente à concepção modernista da sua missão (uma ideia que não era meramente formal, mas política, como se pode ver nos casos dos muralistas mexicanos e da vanguarda da revolução russa). Refletindo sobre a condição pós-colonial emergente, enfrentaram as quest›es do significado de serem cidadãos e artistas em sociedades vivendo dramáticas mudanças sociais, políticas e culturais.
Na visão acadêmica da arte moderna africana. Em 1964, por exemplo, William Fagg e Margaret Plass descreveram uma "arte africana 'contemporânea' que, por maiores que sejam os seus méritos, é um prolongamento da arte europeia devido a uma espécie de colonialismo cultural involuntário." [iii] O argumento de Fagg e Plass ¬ e de gerações de historiadores de arte preocupados com aquilo que consideram como uma falta de "autenticidade" na arte africana moderna e contemporânea ¬ é bastante pernicioso, pois nega qualquer possibilidade de iniciativa da parte do artista africano. Assume-se que, dado que os africanos se apropriaram de técnicas ou de meios de expressão frequentemente associados à arte europeia, são incapazes de criar o que quer que seja de diferente ou de original. E não podem sequer envolver-se nos debates estéticos que têm lugar noutros remotos postos avançados do processo imperial europeu.
Mas, podemos observar....

A Negritude ultrapassou as fronteiras nas artes. Uma filosofia da tomada de consciência negra, buscou expressão em todas as esferas de produção artística. O que é o Negro na Negritude senão o princípio de tornar a "africanidade" (o que quer que isso implique) uma parte do reportório da arte moderna?
O fato é que os artistas aí reunidos há cerca de meio século serem hoje considerados como algumas das figuras mais importantes nas respectivas áreas mostra como a Negritude se tornou num modelo de tomada de consciência.


Artigo Chika Okeke
30-05-2005