CURIOSIDADE
CULTURA
ARTES PLÁSTICA
Como avaliar uma obra de arte? E os conceitos? E a evolução do gosto? E a relação da teoria até a prática para avaliação?
Entenda melhor...
É um processo que envolve inúmeras variáveis não podendo ser descrito com fórmulas ou padrões pré-estabelecidos. Cada obra de arte é única. Algumas características que podem apreciar ou depreciar seu real valor.
O artista tem um fator determinante do valor de uma obra é a autoria da mesma, sendo que artistas da mesma época, escola e técnica podem atingir cotações distintas.
Assinatura é muito importante que esteja presente. A falta desta pode tornar uma obra autêntica em “atribuída a”, depreciando seu valor. (Esta é para quem defenda a ausência da assinatura).
Outro fator determinante é a técnica utilizada pelo artista.
Existem outros fatores que podem influenciar o valor de uma obra de arte, como fase do artista, tema, estado de conservação, histórico, participações em exposições. (Onde muitos não estão interessados, o interesse exclusivo é vender).
O tempo dedicado à produção e ao estudo de seu fazer artístico. Um artista que passa o tempo todo produzindo, com certeza acabará com um trabalho mais elaborado do que um artista que tenha pouco tempo para produzir, mesmo que ambos os processos sejam baseados em pesquisas e reflexões qualificadas e que suas intenções sejam comprometidas com uma carreira profissional. Não tem como escapar da máxima – “a prática leva à perfeição”.
A forma como apresenta seu portfólio ou mesmo suas obras mostrará também a forma como ele se articula com o sistema de arte e seu grau de profissionalismo.
QUESTÕES DE MOLDURA: A não ser que o artista deseje ser consumido apenas por seus colegas artistas ou “experts” do ramo que se aproveitam da falta de moldura para comprar barato, a moldura ou um suporte rígido faz toda a diferença na hora da aquisição. (Tá ai os que dizem da “arte encaixotada”, é uma pena aqueles que tratam a arte com tanto desmazelo).
Tudo que puder ser colocado na parede com raras exceções é considerado bidimensional: desenho, foto, gravuras, pintura a óleo, pintura à acrílica, aquarela, sobre tela, sobre papel, sobre tecidos… enfim. Considerando artistas com o mesmo estilo de currículo/nível profissional, para mensurar preço devemos ter em mente, tamanho, reprodutibilidade e durabilidade dos materiais.
Por fim, a valorização de uma obra obedece muitas escalas.
CURIOSIDADE
Pode-se conceituar a Arte como fez Platão, incluindo todas as técnicas que inventamos para controlar a matéria. Aqui, contudo, falamos apenas das artes plásticas. Modificações numa arte tendem a repercutir nas demais, e, por esta razão, são comuns mudanças simultâneas. Isto indica que elas não são aleatórias, mas decorrentes de alterações coletivas no “gosto” artístico. Como mostra a História, esse “gosto” está em perene mudança, o que vem se acelerando a ponto da ideia de bom se associar hoje à de novo.
O sucesso das obras de arte é determinado pelo público. O processo de avaliação, baseado na divisão de uns elementos “gosto” versus “não gosto”, parece aleatório, irracional e até manipulável. No entanto, veremos que, mesmo faltando conhecimento às pessoas, suas avaliações da arte são racionais, pois o gosto é algo socialmente construído, e a qualificação coletiva das obras de arte, menos opiniática do que se pode imaginar.
Ao final, talvez, terão respostas às perguntas de Manheim: “Que mentalidade é expressa pelas obras de arte? Qual é a sua identidade social? [...] Que tipo de reorientação é refletido nas mudanças de estilo?”. (Hélio Novak- Vitruvius)
**Para se determinar o valor real de uma obra, é necessária a análise de um profissional com conhecimento técnico e experiência.
***NÃO INCLUI: Pessoas que realizam atividade artística como lazer embora pense que o resultado disso é bonito e pode vender.
****Avaliação de uma arte, num sentido, antes de tudo, provocativo e de pertinentes reflexões.
Fonte de informações- Brasilcultura
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